A presente obra, escrita pelos artistas Gilson Motta, Ronaldo Robles e Silvia Godoy, faz um esclarecedor passeio teórico sobre questões que envolvem o entendimento das especificidades da escrita teatral para as sombras, tanto em espaços fechados quanto na arquitetura urbana. Ao longo desse passeio, os autores vão tangendo variados campos do conhecimento que se entrecruzam com a arte em questão.
No entanto, para além da problematização acerca da definição de dramaturgia e dos diferentes estilos de teatro de sombras (tradicional, moderno e contemporâneo), os autores também utilizam como mote, com clareza e numa linguagem acessível, exemplos advindos do trabalho das companhias a que pertencem, a saber, a Cia. Quase Cinema, de Taubaté, São Paulo, e o Laboratório Objetos Performáticos/Coletivo Sombreiro Andante, do Rio de Janeiro. Em especial, cabe enfatizar que, ao analisarem suas dramaturgias, Gilson, Ronaldo e Silvia nos apresentam procedimentos criados e desenvolvidos para atenderem à necessidade de refletir sobre os espaços políticos da arte, sobre a cidade e suas relações.
Este livro constitui uma relevante fonte de pesquisa, integrando o rol das poucas bibliografias em língua portuguesa que dão destaque aprofundado ao teatro de sombras contemporâneo brasileiro e seus surpreendentes modos de escrita cênica.
Paulo Balardim
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