Esta coletânea se propõe refletir sobre a categoria trabalho como chave para o entendimento da sociedade capitalista, enfatizando os processos de transformação que têm alterado o perfil do trabalho e da classe trabalhadora na sociedade contemporânea, em especial no Brasil e na América Latina. Dessa forma, se propõe a analisar formas concretas assumidas pelo trabalho, desregulamentação das relações de trabalho, formas de organização e ativismos das trabalhadoras e dos trabalhadores e “crise” do sindicalismo, capitalismo de plataforma e informalidade, bem como processos de flexibilização, terceirização, precarização e uberização do trabalho. Compreender esses processos de transformação e precarização do trabalho e seus rebatimentos no Serviço Social torna-se necessário num cenário de desregulamentação da proteção aos direitos trabalhistas, de devastação do meio ambiente e de superexploração do trabalho, sobretudo de mulheres negras.
Importante reconhecer que a condição social, o gênero, a origem racial e até geográfica dos sujeitos que compõem as classes trabalhadoras são determinações sociais inolvidáveis para que posamos refletir sobre as monumentais desigualdades sociais em que estamos imersos e buscar caminhos para as lutas sociais que temos que travar diuturnamente para enfrenta-las e supera-las. O caráter anti-humanista, presente no liberalismo e que está subjacente a sua própria concepção de sociedade, permitiu historicamente aos liberais (e repete-se nos neoliberais) desconsiderar os absurdos da escravidão, do extermínio dos povos originários, da invasão aos territórios tornados colônias e a violência contra trabalhadores e trabalhadoras, negros e negras, pobres, imigrantes, mulheres, pessoas com deficiência, população LGBTQIAPN+ e demais grupos sociais.
______________________________________________________________________
Clique abaixo para fazer o download do e-book:
FORMATO PDF