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Anticomunismo

Lançamento de ‘Vozes a favor do golpe!’

Como o discurso anticomunista foi reverberado no Brasil no pré-golpe de 1964 é o que o novo livro de Pâmella Passos procura demonstrar. A partir da análise de materiais produzidos pelo Instituto de Pesquisa de Estudos Sociais (o Ipês), a autora mostra como essa propaganda colaborou para a produção e reprodução de um imaginário anticomunista no país, capaz de ser um dos pilares de sustentação do golpe civil-militar de 1964.

Vozes a favor do golpe! O discurso anticomunista do Ipês como materialidade de um projeto de classe está disponível para download gratuito no site da Mórula.  O livro é resultado da pesquisa de mestrado realizada pela autora no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) entre os anos de 2006 e 2008. O período pesquisado vai da fundação do Instituto, em 1961, até o golpe de 1964, momento em que houve no Brasil um acirramento das polarizações ideológicas. Como escreve a autora, “nesse enquadramento temporal, pretendemos investigar as relações de poder relativas ao tema, buscando discutir as crenças e as representações expressas no material de propaganda produzido pelo Ipês, como parte da luta ideológica que então era travada”.

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Capa do livro disponível para download gratuito

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Adriana Facina aponta que a pesquisa nos dá mostra da competência da elite brasileira em forjar um projeto de dominação. “A preparação do golpe de 1964 precisou da propagação do medo e de uma propaganda que associava o governo João Goulart à corrupção (inclusive moral) e à ameaça comunista. No discurso foi construída a materialidade que as armas sacramentaram. Igreja Católica, mídia hegemônica, empresários, latifundiários, intelectuais organizaram o caminho por onde os tanques triunfaram”, escreve no prefácio da obra.

A professora Lená Medeiros de Menezes, que orientou a pesquisa e assina a apresentação, relata que a obra trata dos caminhos seguidos pelo país no contexto da Guerra Fria, “no qual os comunistas tornaram-se inimigos  declarados e o ‘perigo comunista’ motivação para vigilância, controle e repressão sobre muitos brasileiros”. A importância deste livro, para ela, está principalmente porque “permite uma melhor compreensão de um tempo de conturbações, no qual o deslocamento da Guerra Fria para a América Latina (…) fez ressurgir um agressivo discurso anticomunista e contrarrevolucionário”.

_Sobre a autora

Pâmella Passos é professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestre em História Política pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), onde também concluiu a graduação em História. Foi uma das organizadoras do livro Política Cultural com as periferias: práticas e indagações de uma problemática contemporânea (2013).

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