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A questão racial tem uma robusta tradição no pensamento social brasileiro, com produções teóricas que ora enfatizam o plano macro social e sua feição estruturadora da organização da sociedade, que ora destacam o desenho micro e a interface singular e identitária.

Tendo origem na tese intitulada A Máscara de Flandres: o racismo estrutural colonialista no processo de trabalho e formação profissional negra, do Programa de Pós-graduação em Serviço Social da UFRJ, este livro traz para a cena das produções o racismo como questão social.

Cibele Henriques, assistente social, mulher negra, filha, esposa e mãe de duas meninas, fez uma pesquisa potente e de fôlego, seja no levantamento e estudo de produções teóricas com presença periódica na Biblioteca Nacional, seja
na pesquisa de campo com toda a complexidade que a abordagem sobre a questão racial requer.

A abordagem do racismo estrutural e dos processos de expropriação de mulheres negras diaspóricas reúne variáveis à crítica da modernidade, do colonialismo e do sexismo, o que ajuda na identificação de mecanismos de lactificação
por meio do silenciamento e da invisibilização de sua ancestralidade na formação e dinâmicas de trabalho.

Este trabalho coloca em evidência a agência negra coletiva, cuja luta é antirracista, antissexista e anticapitalista.

Lilia Guimarães Pougy
Professora titular da Escola de Serviço Social da UFRJ

DIÁSPORA AFRICANA, RACISMO

Racismo colonial: trabalho e formação profissional

Mais detalhes

Dados técnicos

Brochura
Revisão: Natalia von Korsh
Projeto gráfico: Patrícia Oliveira
Páginas: 268
Dimensões: 140 x 210 x 14
ISBN: 978-65-86464-34-4

Sobre o autor

Author

Cibele Henriques

Mulher negra de àsé, mãe, assistente social e professora substituta da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tem doutorado em Serviço Social pela UFRJ e mestrado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).