Esta coletânea surge a partir do Ciclo de Debates “Serviço Social em tempos de pandemia” realizado no segundo semestre de 2020, o qual teve por objetivo refletir sobre o trabalho do Serviço Social em diferentes espaços sócio-ocupacionais durante a pandemia da Covid-19. A coletânea aborda as configurações do trabalho na conjuntura anterior e no decorrer da pandemia. Os capítulos discutem as estratégias de enfrentamento nos espaços onde o Estado só se mostra presente com seu braço coercitivo, observando o perfil da população que mais tem sido aviltada no caldeirão pandêmico, sob a égide de um governo ultraneoliberal. A ausência do Estado traduzida no contingenciamento de políticas públicas basilares, revela o total descaso com a classe trabalhadora favelada, em sua maioria composta por mulheres negras, que experimentam, diariamente, o sabor mais amargo da desigualdade social. Nesse sentido, estratégias de resistência coletiva têm sido fundamentais para o enfrentamento da invisibilidade social, na luta por sobrevivência e por uma vida de forma digna, com suas redes de proteção social e de cuidado.
Nesse contexto, as análises no livro sublinham expressões da necropolítica ostentada por este governo genocida, que além de usurpar o direito à vida, visto que as mortes em decorrência da pandemia têm cor, gênero, classe e endereço, retira a possibilidade de se viver uma vida com dignidade, logrando direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora, precarizando suas condições de vida e trabalho.
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