O objetivo do conjunto de trabalhos inaugurado com o presente volume é explicitar ao público dos PPGs da área de Antropologia e Arqueologia junto à CAPES (docentes, discentes, egressos e futuros ingressantes) — sobretudo aqueles/as que ocupam posições na coordenação de programas e colegas que pretendam encaminhar projetos de cursos novos, ou que pretendam propor a migração de programas à área — como se constrói a política pública de pós-graduação no Brasil. Num certo sentido, trata-se de oferecer material para uma certa “cidadanização acadêmica” para além do cumprimento de tarefas burocráticas, de modo a possibilitar que se considere o processo a partir do qual a relação entre Estado, formulação de políticas científicas e participação acadêmica opera na prática, considerando-a como parte de um serviço público em contexto democrático. Afinal, o tempo que relatórios e prestações de conta tomam, os recursos públicos que se recebe, e diversas outras feições do trabalho que hoje fazemos foram orientados pela história que este livro traz. Muito se critica o funcionamento do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), a CAPES e as associações científicas, mas há um grande desconhecimento que torna essas críticas muitas vezes frágeis.
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