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Por volta dos treze anos de idade, Nei Lopes garatujava – como diz – seus primeiros versos. Na década de 60, na Faculdade de Direito, a faina literária crescia. E, depois, vieram uma menção honrosa do Prêmio Fernando Chinaglia da UBE, em 1970; publicações em jornais e revistas; e a participação na antologia Abertura Poética, organizada por Walmir Ayala, em 1975.
Mas aí a música popular já falava mais alto. E o poeta “de papel” – definição sua – perdia espaço para o cancionista profissional e elogiado letrista. Sem que, entretanto, a produção de poemas fosse inteiramente abandonada.
Em 1996 veio à luz o volume de poemas Incursões sobre a Pele, que integram este Poétnica, o qual assim contempla quarenta e cinco anos de atividade poética consciente – como Nei Lopes gosta de realçar.