Essa publicação busca contribuir para o entendimento do conjunto de tramas de silenciamento e manipulação que marcaram a atividade no plano da política representativa dos povos indígenas nas últimas três décadas e refletir sobre as mudanças que possibilitaram uma virada de chave nos pleitos mais recentes. Destaca, sobretudo, a atitude das organizações indígenas, lideranças locais e da população em geral que possibilitou alguns resultados expressivos. Possivelmente, é um processo que ainda vai mostrar muitos resultados num futuro próximo. São reflexões importantes de pesquisadoras/es que vêm se dedicando aos estudos deste tema e têm importantes colocações a fazer.
Os textos aqui reunidos seguem numa direção (auto)etnográfica, mas focam nas experiências de mandatos ou campanhas de indígenas, combinando textos de autoras/es indígenas e não indígenas e abordagens mais gerais da participação indígena no pleito de 2022 e dos mecanismos institucionais para tanto em perspectiva nacional.
Destacamos a importância de estudar a participação de indígenas nos processos eleitorais como uma transformação social em curso, sem conceitos estabelecidos ou referenciais teóricos basilares. Os textos apontam para o futuro analisando um presente em curso, buscando de forma muito nítida avançar na compreensão desses processos para que movimentos de ruptura de processos de dominação e subjugamento ganhem força e que possamos caminhar de forma mais efetiva para novos cenários políticos, sociais e epistemológicos. Há aqui uma agenda para a pesquisa e a intervenção qualificada com um largo escopo de trabalho a ser enfrentado.
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