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Pedagogia das encruzilhadas, Ponta-cabeça: educação, jogo de corpo e outras mandingas e Vence-demanda: educação e descolonização reúnem parte do pensamento de Luiz Rufino sobre a educação como uma ferramenta de insubordinação, como instrumento de descolonização. Em Pedagogia das encruzilhadas, livro oriundo de sua tese de doutoramento, Rufino aponta uma pedagogia alternativa aos saberes postos como universais e a educação como caminho de reconstrução dos seres a partir de conceitos extraídos de sabedorias e vivências afro-brasileiras. Em Vence-demanda, o autor traz para o centro do debate a descolonização como tarefa da educação, fala da importância da “desaprendizagem”, da educação como prática da liberdade, realiza o encontro entre Exu e Paulo Freire, fala da gira descolonial como uma contínua batalha do colonizado na tentativa de deslocar a ordem vigente, da escola do sonho, aquela que deve ser habitada pelo conflito, pelo questionamento e finaliza lembrando que brincadeira é coisa séria. Já em Ponta-cabeça, seu livro mais recente, ele traz a ideia de que a força da educação vibra no corpo e seus enredamentos se tecem nas relações com outros brincantes, jogadores, artistas e arteiros. Uma educação encarada como uma capoeiragem, com a tarefa de virar de ponta-cabeça.
EDUCAÇÃO