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Irlan percorre obstinadamente uma hipótese, a de que o diferencial financeiro das formas de empresariamento, que suportam o futebol contemporâneo de espetáculo se dissolvem em espaços curtos de tempo, acarretando nos mesmos problemas apresentados pelas tradicionais associações voluntárias clubísticas sem fins lucrativos. A pergunta insistente é: esse debacle dos modelos de gerenciamento empresarial dos clubes não seria o coração que pulsa de um capitalismo maliciosamente provisório? “Fracassar” ininterruptamente não diz respeito à própria dinâmica e “evolução” desse tipo de capitalismo excludente? O processo teleológico que Irlan sugere como sendo necessariamente conflitual desvela modelos que se autofagocitam o tempo todo.

Cada tentativa fracassada torna-se aprendizado para a seguinte, frustrando as expectativas e emoções por um futebol mais democrático. Quando até a FIFA reconhece que o futebol não pode ser gerenciado apenas pela régua do tecnicismo jurídico e mercadológico, apanágio das ditas SAFs, é porque desconfia que seu “produto” seja mais do que um bem tangível. Mas se a perspectiva dos torcedores é um bem inalienável e intangível, os perigos que acossam esse futebol podem torná-lo um bem inatingível, sobretudo àqueles que dele se alimentam sorvendo paixões e utopias clubísticas mais solidárias.

Luiz Henrique de Toledo

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CLUBES DE FUTEBOL, FUTEBOL, TORCEDORES

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Dados técnicos

Brochura
Revisão: Natalia von Korsch
Páginas: 544
Dimensões: 140 x 210 x 26mm
ISBN impresso: 978-65-81315-65-8

Sobre o autor

Author

Irlan Simões

é doutor em Comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), formado em jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e tem formação de torcedor de arquibancada (E.C. Vitória, Estádio do Barradão). É colunista do Redação Sportv e GloboEsporte.com, autor de "Clientes versos Rebeldes: novas culturas torcedoras nas arenas do futebol moderno" (Multifoco, 2017) e organizador da coletânea "Clube Empresa: abordagens críticas globais às sociedades anônimas no futebol" (Corner, 2020). Como torcedor é sócio do Esporte Clube Vitória desde 2011 e foi conselheiro em duas ocasiões.